15 de ago. de 2012

[livros em série] As Mulheres de Jorge Amado


Dando início às comemorações do centenário de nascimento de Jorge Amado, a Companhia das Letras apresenta As mulheres de Jorge Amado, caixa em edição limitada com quatro romances fundamentais:

"Dona Flor e seus dois maridos"
Uma crônica de costumes, que descreve a boemia de Salvador, os cassinos, a culinária, os ritos do candomblé e o convívio entre pessoas dos mais variados níveis sociais (políticos, poetas, prostitutas, etc.). Assim é "Dona Flor e Seus Dois Maridos" (Companhia das Letras, 2008), do popular escritor baiano Jorge Amado. Florípedes Guimarães é mulher do voluptuoso Vadinho, mas após sete anos de união, o malandro cai morto em pleno Carnaval. Após um ano de viuvez e com o desejo à flor da pele, Flor conhece e casa-se com o farmacêutico Teodoro Madureira. Mesmo estabilizada financeira e emocionalmente, ela pede a entidades do candomblé que tragam Vadinho de volta. Começam aí as contradições de Flor, dividida entre o amor metódico e fiel de Teodoro e o erotismo febril e avassalador de Vadinho. Lançada em 1966, a obra já foi publicada em mais de 20 países. O livro já foi adaptado para o teatro, TV e cinema, onde se tornou um dos maiores fenômenos de bilheteria.

"Teresa Batista cansada de guerra"
Este livro do famoso escritor Jorge Amado narra a história de uma das grandes protagonistas do autor. Como define a epígrafe da obra, ela é uma heroína que enfrenta "peste, fome e guerra, morte e amor", e cuja vida é uma história de cordel.

Com 13 anos incompletos, a órfã Tereza é vendida por sua tia ao capitão Justo, fazendeiro pedófilo e cruel. A partir daí, acontece a transformação da menina precocemente amadurecida em uma mulher valente e determinada.

Publicado pela primeira vez em 1972, no auge do regime militar brasileiro, é um dos mais eróticos livros do autor. A obra já foi publicada em Portugal, traduzida para mais de dez idiomas e adaptada para a TV.
Tereza Batista encarna a revolta feminina, nega a condição de fragilidade, recusa ser objeto e busca sua autonomia. Cansada de guerra, mas que não desiste da luta.

"Tieta do Agreste"
Fogosa pastora de cabras e namoradora de homens, a adolescente Tieta é surrada pelo pai e expulsa de Santana do Agreste graças à delação de suas aventuras eróticas por parte da irmã mais velha, a pudica e reprimida Perpétua. Um quarto de século depois, rica quarentona, Tieta retorna em triunfo ao vilarejo, no interior da Bahia. Com dinheiro e influência política, ajuda a família e traz benefícios à comunidade, entre eles a luz elétrica.

"Gabriela, Cravo e Canela"
Parte do projeto de reedição da obra de Jorge Amado (1912-2001) pela Companhia das Letras, "Gabriela, Cravo e Canela", um de seus romances mais conhecidos, ganha revisão a partir do original. Ambientado em Ilhéus na década de 1920, o romance modernista conta como o sírio, que não suporta ser chamado de turco, Nacib contrata a retirante sertaneja Gabriela para ser sua cozinheira. O sírio se apaixona e percebe que não é só ele: a cidade inteira cai de encantos pela moça com cheiro de cravo e cor de canela. Lançado quando o autor já tinha quase 30 anos de carreira, foi adaptado para a televisão em telenovelas de 1960 e 1975, a última com Sônia Braga no papel principal. A adaptação para o cinema em 1983 ficou por conta de Bruno Barreto, mais uma vez trazendo Sônia como Gabriela.

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