3 de agosto é a data de lançamento no Brasil da aguardada biografia sobre Amy Winehouse. A curta carreira e vida da cantora britânica, que morreu aos 27 anos de idade, está registrada no livro escrito por seu pai, Mitch Winehouse. Nos EUA, a publicação saiu em junho. Há um ano, completados nesta segunda-feira, 23, artista era encontrada sem vida em seu apartamento depois de ter tomado uma dose excessiva de álcool.
Da descoberta da música à vida pessoal conturbada, em meio brigas e drogas, o biógrafo promete ser fiel à história da filha nas 320 páginas de Amy, Minha Filha.
Trecho do livro:
"Capítulo 3 – Quando ela se apaixonou
Acabou sendo bom que Sylvia Young mantivesse contato com Amy depois que ela saiu da escola, porque foi Sylvia quem inadvertidamente impulsionou a carreira de Amy numa direção totalmente nova.
Mais para fins de 1999, quando Amy estava com 16 anos, Sylvia ligou para Bill Ashton, o fundador, diretor musical e presidente vitalício da National Youth Jazz Orchestra, para tentar marcar um teste para Amy. Bill disse a Sylvia que eles não faziam testes.
— Basta mandar que ela venha — disse ele. — Ela poderá se juntar a nós se quiser.
Amy foi e, numa manhã de domingo, mais ou menos um mês depois, pediram que cantasse quatro músicas com a orquestra naquela noite porque uma das cantoras não ia poder se apresentar. Ela não conhecia as músicas muito bem, mas isso não a desconcertou. Para Amy foi moleza. Um ensaio rápido, e já tinha aprendido todas elas.
Cantou com a NYJO por uns tempos e fez uma de suas primeiras gravações de verdade com eles. Organizaram um CD e Amy cantou nele. Quando Jane e eu ouvimos, quase caí duro — não podia acreditar como sua voz estava fantástica. Minha música preferida nesse CD sempre foi “The Nearness Of You”. Já a ouvi cantada por Sinatra, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Billie Holiday, Dinah Washington e Tony Bennett. Mas nunca a ouvi cantada como Amy a cantou. Foi e continua a ser belíssima.
Não havia dúvida de que a NYJO e as próprias apresentações de Amy exercitaram ainda mais sua voz, mas foi um amigo dela, Tyler James, quem realmente deu o pontapé inicial. Os dois tinham se conhecido na escola de Sylvia Young e continuaram grandes amigos até o fim da vida de Amy. Na escola de Sylvia Young, Amy estava um ano abaixo de Tyler, de modo que eram de turmas diferentes. Já nos dias de canto e dança, frequentavam as mesmas aulas, pois tinham permitido que Amy pulasse um ano. Assim, ensaiavam e faziam testes juntos. Conheceram-se quando seu professor de canto, Ray Lamb, pediu que quatro alunos cantassem Parabéns para você numa fita que estava fazendo para o aniversário da sua avó. Tyler ficou abismado quando ouviu aquela menininha cantando, nas palavras dele, “como uma rainha do jazz”. A voz dele ainda não tinha mudado, e ele estava cantando como um Michael Jackson ainda jovem. Tyler diz que reconheceu o tipo de pessoa que Amy era assim que avistou seu piercing no nariz e soube que ela o fizera sozinha, usando um pedaço de gelo para abrandar a dor.
Depois que Amy saiu da escola de Sylvia Young, a amizade dos dois se fortaleceu, pois passaram a se encontrar com Juliette e outras amigas. Tyler e Amy falavam muito sobre as depressões que a maioria dos adolescentes tem. Todas as noites de sexta-feira, falavam-se ao telefone, e todas as conversas terminavam com um cantando para o outro. A amizade dos dois era incrível. Não eram namorados; eram mais como irmãos. Tyler foi um dos poucos rapazes que Amy chegou a levar aos jantares de sexta-feira de minha mãe.
(Fonte: Sem Tédio.com)
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